Barros visita Martins no gabinete da Assembleia e o convida para apoiar Cida em outubro

Por desenvolvimento

O ministro da Saúde deve deixar o cargo no final deste mês para disputar uma vaga na Câmara Federal

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, que também é vice-presidente nacional do Partido Progressista (PP), foi até o gabinete do deputado estadual Luiz Carlos Martins (PSD) na Assembleia Legislativa do Paraná, na tarde desta segunda-feira (19). Falou do trabalho que fez nos quase dois anos que ficou à frente do Ministério, confirmou que vai deixar o cargo no final deste mês para disputar uma vaga na Câmara Federal e convidou o deputado e radialista para integrar o plano de governo da vice-governadora Cida Borghetti (PP), que irá disputar o governo do estado em outubro. Barros é marido de Cida.

Martins ouviu os planos do PP para o Paraná e disse que todas as possibilidades estão abertas. “A conversa foi muito boa e bastante interessante. Tenho acompanhado o trabalho de Barros à frente do Ministério e também sei da competência da vice-governadora Cida Borghetti. Pensando no Paraná, todas as possibilidades estão abertas”, disse Martins.

Há a possibilidade, ainda não confirmada oficialmente, de que o governador Beto Richa (PSDB) deixe o governo em abril para disputar uma das duas vagas ao Senado. Assim Cida, assumiria o governo por nove meses. Martins disse que Barros lhe reafirmou que, independentemente da decisão de Richa, Cida será candidata ao governo.

De saída

Barros decidiu deixar o governo antes de 7 de abril, prazo final para que ministros que disputarão as eleições se desincompatibilizem dos cargos. Candidato à reeleição de deputado federal, ele retomará o mandato parlamentar na última semana de março para poder assumir a presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, colegiado responsável por analisar o Orçamento da União de 2019, conforme informou o Estadão/Broadcast Político na semana passada.

A tendência é de que Barros deixe o governo em 28 de março, dez dias antes do prazo final para desincompatibilização. Essa é a data em que está prevista a instalação e eleição do presidente e relator da comissão mista de orçamento. “Saio até o dia da instalação da CMO”, admitiu o ministro ao Estadão.

Assim, Barros também deverá ter mais tempo para se dedicar à campanha de Cida ao governo, antes do final da janela partidária.