“O que está acontecendo hoje no RS poderia ter acontecido no PR e nós sabíamos disso”, diz Martins

Por desenvolvimento

A onda de paralisações provocada pelo anúncio do governo do Rio Grande do Sul de que vai parcelar o pagamento dos servidores do mês de julho em três datas de agosto por falta de dinheiro em caixa é uma realidade hoje que poderia estar acontecendo no Paraná. A avaliação é do deputado estadual Luiz Carlos Martins (PSD), que ressalta que o remédio amargo das medidas de ajuste fiscal aprovadas no primeiro semestre pela Assembleia foi inevitável para evitar o pior.

“O que estamos vendo hoje no governo de José Ivo Sartori, do PMDB, é o que poderia ter acontecido no Paraná se não tivéssemos tido a coragem e pago o preço pela aprovação de medidas duras de ajuste fiscal neste primeiro semestre. Concordo que houve exagero e erros foram cometidos em algumas situações, mas não há dúvida de que precisávamos reduzir os gastos. Do contrário, não haveria dinheiro sequer para pagar o funcionalismo, exatamente o que ocorre hoje no RS”.

No estado gaúcho, o secretário da Fazenda Giovani Feltes, informou que faltaram R$ 360 milhões nos cofres do estado para o governo conseguir pagar o salário integral do funcionalismo em julho. Para o mês de agosto, a previsão dos técnicos da Fazenda é de que déficit possa ser a inda maior.

“O governador Beto Richa e o secretário da Fazenda Mauro Costa tiveram a coragem de propor medidas de ajuste fiscal e foram criticados, assim como nós, deputados, que votamos a favor. Não sou contra críticas. Pelo contrário. Sou a favor de mais informações. Isso sim”.