Sem legista no IML de Jacarezinho, Martins cobra o Governo

Por desenvolvimento

Além da dor da morte, as famílias de Jacarezinho, no Norte do Paraná, e de outros 26 municípios atendidos pelo Instituto Médico Legal (IML) da região, enfrentam desde abril também a dor de ter que velar os corpos de seus parentes às pressas. Tudo porque desde abril não um médico legista sequer no instituto, o que tem gerado revolta na população. Sem o profissional, os corpos que precisam passar pelo exame de necropsia são transportados até o IML de Londrina (a 180 km) e voltam cerca de 15 horas depois. Com isso, os velórios acabam sendo feitos em poucos minutos.

“É um descaso com a população da região de Jacarezinho. Exatamente num momento tão difícil que é a perda de um parente, as famílias têm que ficar à mercê de uma espera de quase 15 horas para conseguir velar o corpo. Isso não pode continuar”, questiona o deputado Luiz Carlos Martins (PSD).

Em questionamento feito pelo deputado, a assessoria do Governo reconheceu o problema da falta de médicos legistas no IML de Jacarezinho e informou que a Sesp deve marcar uma reunião nos próximos dias com a prefeitura do município para tentar viabilizar uma parceria para a cessão de um profissional ao instituto até a realização de um concurso público. A assessoria informou ainda que o objetivo do Governo é fazer um novo concurso até o final de 2015, mas sem fornecer datas.

“A solução tem que vir de forma imediata. Vamos continuar insistindo até que um médico legista comece a trabalhar no IML de Jacarezinho. E com a palavra também todos os deputados que tiveram votos na região, assim como eu. Assim não pode ficar”, completou Martins.

Em maio, um morador chegou a protocolar uma ação relatando o problema ao Ministério Público, mas, até o momento, a falta de médico persiste. O IML de Jacarezinho chegou a ter três médicos legistas, mas hoje todos estão de licença ou se aposentaram.