CIDA E LUIZ CARLOS: DIÁLOGO HISTÓRICO DE DOIS CAMPEÕES DE AUDIÊNCIA

Por desenvolvimento

Aroldo Murá

Cida Borghetti e Luiz Carlos Martins

Por mais distante e crítico que se queira manter em face de entrevista de políticos, especialmente dos mais carismáticos, é impossível não se “contaminar” por algumas delas.

Digo isso a propósito das eleições que teremos em outubro. E muito em cima da entrevista que Cida Borghetti deu a Luiz Carlos Martins, na segunda-feira, 21, durando 50 minutos, na Rádio Banda B.

“CONTAMINADO”

Fui “contaminado” tanto pela narrativa da governadora quanto pela nova mostra de maestria com que Luiz Carlos exibiu diante do microfone.

Nisso, dominar a arte da entrevista diante de um microfone, ele continua insuperável. Acho que é um dom do Senhor, não é só treinamento ou herança genética como muitos querem explicar tanta exuberância profissional.

Acredito que há nessas qualificações de Luiz uma decisão do transcendental. Assim como também a governadora, reconheço, é comunicadora nata.

FAZER LEITURA

Fazer a leitura do que Cida disse na Banda B é ainda mais importante: não basta apenas tê-la ouvido e se embalado com sua narrativa toda carregada de emoções e testemunhos de vida. Muita emoção. Tal como a história do impressionante desastre em que a mãe, dona Ires, 92, acompanhada de dois filhos, foi lançada fora de um ônibus, em 1965, grávida de sete meses de Cida.

ROTEIRO LÓGICO

Há um roteiro “lógico” de fé e denodo a acompanhar a história da hoje governadora. A começar pela preciosa lembrança que seu Severino, o pai, e dona Ires, tiveram 13 filhos. E que Cida nasceu – possivelmente “embalada” pelo baque do desastre do ônibus – sete meses depois.

ESTAVA ESCRITO

Acho que há um “maktub” (o ‘estava escrito dos árabes’) na história dessa mulher que hoje governa Paraná. Ela começou a vencer barreiras depois dos muitos dias numa incubadora, nascida que foi prematura de sete meses.

CULTURA POPULAR

O toque de cultura popular – de religiosidade popular – foi a família ter enxergado interferência de Maria no fato de os Borghetti terem saído ilesos daquele desastre. Daí o nome Maria Aparecida, a Cida.

MUITA URGÊNCIA

A urgência com que Cida persegue seus objetivos, sua capacidade de trabalho e doação a causas humanitárias e sociais, esses são pontos que podem explicar o chamado empoderamento de uma mulher que vai à luta e às urnas, em dias de valorização justa e necessária do antigamente chamado sexo frágil.

Cida Borghetti é prova cabal de que a mulher não é sexo frágil.